segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Política

Reproduzo o título, e algumas frases, de um dos mais belos textos sobre política dos últimos tempos. É de Almudena Grandes, colunista da última página do “El País”.
«Temos problemas, mas também esperanças. Vontade, sentido de justiça, capacidade para acreditar, para sonharmos. Por isso inventamos a política. Por isso funcionou durante tantos séculos. Como uma ferramenta para transformar a realidade, para lutar pelos próprios desejos, para intervir no mundo. Isso era a política, mas parece que já não é».
«Não me dirijo à direita. Não quero que ganhe a direita. Mas quero uma esquerda madura, nem ingénua nem senil, politizada. Quero ouvir falar de sonhos, de princípios, de ideologia. De ideologia, sim, com todas as letras».
«Porque a política também tem que ver com a emoção. Com a tensão, não. A tensão pertence aos domínios do medo. E o medo não tem nada que ver com a política».

Mais um farol

A novidade do dia promete muitos perfis e o nascimento de mais um farol de plena democracia.
O jornalismo de esquerda e os comunistas do mundo inteiro irão descobrir o novo paraíso na terra.
Um líder parlamentar português já nos tinha prendado com a divertida “boutade” da democracia cubana e norte-coreana, mas por vezes achávamos que, nos tempos de hoje, a esquerda mais extremista, mesmo essa, não gostava de se assumir como tal.
Mas temos de fixar um nome: Demetris Cristofias, o novo Presidente da República – comunista assumido – de Chipre.
Muita tinta se gastará com esta personagem. Mais um amigo de Chávez, Kim Jong Il, das FARC, por certo.