quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

É Natal! É Natal!

Ok ok, ainda não é propriamente Natal. Mas como profissional de comunicação, não posso deixar de me preocupar, com a crescente diminuição de comunicação da data… ou melhor, com a ineficácia crescente da sua comunicação.

O Natal precisa urgente de voltar a comunicar de forma eficaz! Urge um relançamento bombástico da data! Uma imagem ‘lavada’ e mensagens adequadas aos dias de hoje! Tem de se voltar a credibilizar o Natal e a conceder-lhe a notoriedade perdida!

De ano para ano tem-se perdido a magia da ocasião. De ano para ano diminuem os postais festivos que recebemos. De ano para ano diminuem os e-mails de Boas Festas. De ano para ano diminuem os presentes (é a crise, será?). De ano para ano vêem-se menos acções de solidariedade, que apesar de aumentarem em número, perdem-se no ‘ruído’ da azáfama diária. De ano para ano há menos paciência para ruas e centros cheios de gente, refeições fartas, família ajuntada e afins.

Não querendo puxar a brasa à minha sardinha, (essa bela expressão!), o Natal precisa definitivamente de abrir concurso a agências de comunicação, para que o apoiem nesta ambiciosa incursão de definição de nova estratégia de RP e relançamento mediático.

PS – Também se aceitam adjudicações directas na YN

BOM NATAL!

Psicologia dos gestores da massa


Com a crise instalada, muitas são as empresas que cortam. Neste final de ano, uma das faces visíveis da tesourada são as festas de Natal. Não há dinheiro, não há vícios. Cancele-se a festa!

Este acto de gestão, tomado como lógico por gestores e colaboradores, é demasiado questionável.

Primeiro, é contraditório. Porque se corta agora e não se cortou antes, quando os resultados estavam pintados a azul? Apenas porque havia dinheiro para gastar? E as empresas dão, então, um doce aos colaboradores? É este o sentido? Qual a razão por detrás da festa de Natal? É que se não existe nenhuma razão forte para que ela aconteça, cortem. Não apenas este ano, cortem para sempre.

Segundo, é inoportuno. Por outro lado, se existem razões fortes para que ela se faça - tais como motivação, reforço de espírito de grupo, endosso de mensagens, manutenção de quadros, reputação, etc. – e que impactem directa ou indirectamente os resultados, do curto ao longo prazo, vale a pena fazer. E é sobretudo importante fazê-la este ano, quando os colaboradores estão mais desconfortáveis com a situação, mais receosos com o futuro das suas empresas, e respectivas consequências para os seus postos de trabalho. Agora é que eles precisam de alento e segurança, não quando estão a crescer a dois dígitos e o mundo parece perfeito.

Terceiro, é perder a oportunidade. Como muitas empresas vão na onda, este ano impacta mais fazer. É um sinal de quem confia no seu futuro e no futuro dos seus, de quem se sente preparado para sair mais forte da tempestade. O sinal que separa os audazes das avestruzes. Esconder a cabeça não é uma opção.

Quarto, é hipotecar o futuro. O público mais estratégico numa empresa é o interno. Investir nos colaboradores é a forma mais inteligente de chegar aos outros stakeholders. Garantir que os colaboradores estão com a empresa, que passem a sua mensagem e os seus valores ao mercado, que sejam os seus embaixadores em toda a linha, e que estejam alinhados com os objectivos é o melhor seguro para o futuro.

A psicologia não é só de massas, é também de gestores. Gestores que por uma variação de um ou dois pontos percentuais do PIB voltam da Lua para Terra, entre um fechar e um abrir de olhos.

Trabalhar blogs

Na terça à noite, com o JD, fui ao jantar da Plataforma de Reflexão Estratégica – Construir Ideias.
Um facto a salientar: a transmissão em directo do debate em muitos blogs de referência. Publico a lista dos envolvidos que me foi enviada pelo grande responsável, o Vasco Campilho, desta magnífica operação de comunicação.
31 da Armada, Atlântico, A Baixa do Porto, Corta-Fitas, Psicolaranja, Mas Certamente que sim, Câmara de Comuns e o do próprio Vasco Campilho.
Saliento a intervenção de João Salgueiro, a menos forte de Daniel Bessa e a excelente intervenção final do Pedro Passos Coelho. Em grande forma, de improviso, a lançar um programa para Portugal.
Mas é interessante a preocupação e ligação às redes sociais, fica o registo.