segunda-feira, 28 de abril de 2008

Tio Olavo diz adeus à Ogilvy

Edson Athayde vai deixar a Ogilvy Portugal, onde é vice-presidente criativo. Como diria o heterónimo do conhecido publicitário brasileiro, o seu tio Olavo, "na publicidade tudo tem um tempo".

Edson Athayde foi o criador da "razão e coração" que levaram António Guterres ao poder em 1995 e do inesquecível "Tô Xim! É para mim" da Telecel.

Para recordar.

O que Jerónimo de Sousa não queria ter lido

Esta também dava título. João Cordeiro, na mesma entrevista, revela que "o PCP é o partido que melhor compreende o sector das farmácias". Roubando e adaptando as palavras de Jerónimo de Sousa: ninguém esperava que o PCP fosse elogiado pelos poderosos.

O que José Sócrates não queria ter lido

João Cordeiro, da Associação Nacional de Farmácias, dá razão a Jerónimo de Sousa, no Expresso de sábado, quando diz que "Sócrates soube mostrar carinho pelas farmácias".

Péssimo soundbyte para o primeiro-ministro, vindo de um lobby poderoso e com má Imprensa. O título distorce o que é dito pelo líder da ANF na entrevista - "Em fases decisivas, (José Sócrates) soube mostrar o carinho, o interesse e a avaliação positiva do sector" -, mas o entrevistado deve evitar os riscos de expressões como esta.

O que me fez duvidar se o Estado deveria controlar 50% da banca

No verso do mesmo jornal (DN de ontem), a resposta de Isabel Vaz, ponta-de-lança do BES para a saúde, a Jerónimo de Sousa: "Se o quilo de arroz Cigala é mais barato no Continente do que no Jumbo é lá que vou comprar. O facto do Continente ter mais lucro que o Jumbo não é chamado para o caso". Mais à frente, "o lucro é a remuneração da boa gestão", complementa a ex-Mckinsey.

À margem: o texto é assinado por Jorge Fiel, sinónimo de boa escrita. Recente contratação do jornal de Joaquim Oliveira, saiu do Expresso para o lugar de redactor principal. Saúda-se também o regresso à opinião impressa. Tínhamos saudades dos seus textos.

O que me fez comprar o DN no domingo

“Estado deveria controlar 50% da banca nacional”, Jerónimo de Sousa, in Diário de Notícias de ontem. Não vale a pena procurar explicações lá dentro, na entrevista, porque não as há. Mas deixo ao leitor outra frase do líder do PCP: “Ninguém esperava que o PS servisse os poderosos”.

Sobre a venda livre de telemóveis em Cuba, “o próprio desenvolvimento económico criou condições para o acesso a bens de consumo”.

A ortodoxia de sempre presente na entrevista, amenizada aqui e ali pela “ginjinha do Cunhal”, pelos anéis de Tolkien e pela piscina capitalista para o neto.