quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Táxis: os nossos amigos

Hoje vou falar de números importantes e mal explorados pela comunicação e publicidade.
Tudo porque li na “Meios e Publicidade” que uma nova empresa faria uma parceria com 350 viaturas da Teletáxis, dirigida pelo sempre simpático Ernesto Castanheira. Por achar positiva a iniciativa, apesar de não ser original, deixo números para ajudar a perceber esta indústria.

.Em Lisboa, só aqui, existem 3560 táxis licenciados.

.Vamos multiplicar por 20 passageiros dia/média de cada viatura e temos mais de 70 mil passageiros por dia (contas minhas, porque as da ANTRAL – bem dirigida por Florêncio de Almeida, diga-se - a maior associação do sector, até são superiores).

.Multiplicamos 70 mil/dia por 30 dias do mês e temos mais de 2 milhões de utilizadores.

.Multiplicamos por 12 meses do ano e temos mais de 24 milhões de pessoas a andar de táxi.

Números muito interessantes – contabilizados por mim, portanto, não são definitivos – e que são informação para o mercado. Na área da comunicação política, como muitos sabem, esta indústria foi sempre prioridade para mim. Por causa do “buzz”. Andem de táxi e percebem…

Mantenho excelentes relações com o sector, mas este ramo de actividade tem um problema. Precisa de muito trabalho para se tornar sexy. Daí que as receitas de publicidade dos táxis são mínimas e dão trabalho. E a comunicação e a publicidade, no meu entender, estão distraídas.
Mas com estes números, os táxis só podem ser nossos amigos.

And the winner is…

É já amanhã que estreia, em 55 salas do país, o tão anunciado filme de João Botelho, Corrupção. Ficção inspirada no livro “Eu Carolina” este filme português é já vencedor no número de cópias registadas e irá passar em mais salas que êxitos internacionais como Harry Potter ou O Código de Da Vinci

Com toda a polémica envolta na rodagem e pré-lançamento do filme, não há quem não tenha ouvido falar nele.

O filme conta o envolvimento sentimental, e não só, de um presidente de um clube de futebol e de uma mulher, mas o seu realizador desmente ter querido estabelecer quaisquer relações com Pinto da Costa e a sua ex-namorada, Carolina Salgado.

«Escrevemos uma história que tem um bocado do livro e outro que não tem nada. O cinema é mentira, nunca é verdade. Não morre ninguém, só nos filmes porno é que se faz sexo, o resto é tudo a fingir. O que é verdade é a relação de um filme com os espectadores», salienta o cineasta numa das muitas entrevistas que deu.

Verdade ou não, este filme aparece no ano certo. 2007 é sem dúvida o ano da Corrupção em Portugal. E tem o mérito de trazer para a agenda este tema, que até ao final do ano ainda dará muito que falar.