quinta-feira, 13 de março de 2008

“No dia a seguir à eleição apeteceu-me bater com a porta”

Salvador da Cunha considera que os timings escolhidos para criticar a associação, em vésperas de eleições, foram “timings para matar a associação". Ouvir o podcast aqui.

“Ninguém gosta de dizer que tem de comprar influência”

João Duarte (JD): Uma das críticas que também se faz tem a ver com “em casa de ferreiro, espeto de pau”, ou seja, a APECOM devia tratar melhor a sua imagem para se afirmar. Qual o papel da Associação?

Salvador da Cunha (SC): Este sector move influências junto de outro sector que é muito sensível, que é o sector da comunicação social que, apesar de trabalhar muito bem operacionalmente com as agências não gosta que haja a percepção de que é influenciado. O que eu diria é que há um conjunto de analistas/jornalistas que gostam muito de dizer “eu não trabalho com agências de comunicação” quando na prática trabalham.

JD: Um contra-senso: quem supostamente trabalha para “fazer” uma boa imprensa ter má imprensa. Porquê?

SC: Comes with the job. Tento racionalizar isto desta forma: ninguém gosta de dizer que não tem influência e que precisa de a comprar. Do ponto de vista dos clientes esta é claramente a questão. E eles compram a influência que as agências têm. Mas esta influência é construtiva, é enquadradora, é positiva.

APECOM procura parceria para prémios

A APECOM quer institucionalizar os prémios de relações públicas em Portugal. Para tal, procura um parceiro, seja Media ou não, que pegue no negócio. O papel da associação será o de patrocinadora da iniciativa. Salvador da Cunha diz que “precisamos dos prémios em Portugal para afirmar o sector".

“Vamos convidar todas as agências para entrar”


João Duarte (JD): Quantos mais associados queres ter até ao final do teu mandato?

Salvador da Cunha: No final do mandato não sei, não é fácil de quantificar. Neste momento temos apontadas sete/oito empresas para entrar, e diria que se até ao fim do ano entrarem dez no total não seria mau.

JD: Passar para 34?

SC: Sim. Teríamos aqui um crescimento de, sensivelmente, 30%, o que não era nada mau. O mercado também não tem muito mais empresas com dimensão para entrar. Estamos a falar de um levantamento que foi feito recentemente. Falamos de cerca de 55 empresas com alguma dimensão crítica para poder cumprir os critérios de admissão.

JD: Qual é o universo de agências em Portugal?

SC: Não há dados concretos porque este é um mercado não regulado e qualquer pessoa pode abrir uma agência de um dia para o outro. Eu diria que existem à volta de 100 a 120, mas isto é uma percepção, nunca as contei, ou melhor, quando comecei a contar cheguei às 85, 90. Admito que hajam bastante mais do que as que eu contei. O levantamento foi feito pela minha equipa e diria que desse levantamento 55 a 60 têm dimensão para poder entrar. O nosso universo acaba aqui. Quanto me perguntas quantas gostaria de ter. Gostaria de ter as 55. Se vou ter? Espero que sim, não sei. Mas não é por causa disso que as coisas podem correr melhor ou pior porque apesar da APECOM ir convidar essas agências para participarem, algumas podem não aceitar.

JD: Será fácil?

SC: Convidar é fácil. Isto é como pedir namoro. Convidar é sempre fácil. O não já cá está. Vamos partir desse princípio. Vamos convidar toda a gente, vamos mostrar claramente quais são as vantagens de estar associado e a partir daí vamos tentar convencê-las a aderir ao projecto.

JD: E quantos profissionais de Relações Públicas/Comunicação institucional haverá em Portugal?

SC: Não é fácil estimar esse número.

JD: Estou a falar tanto nas agências como fora das agências.

SC: Então, é muito mais difícil. Talvez à volta de 500/600 dentro das agências mas fora delas haverá outros tantos. António Barreto falava em três mil fontes profissionais. Acho que é um bocado exagerado, mas se houverem 1500, partindo do princípio que somos todos profissionais e que é esse o grosso do nosso trabalho, temos aí um número que é interessante.

“APECOM tem de encontrar novas formas de financiamento”

A direcção vai rever o sistema de quotização, escalonando o preço de acordo com a dimensão das agências. Ouvir o podcast aqui.

Estudos da APECOM revelarão fees médios, ordenados por função e tendências


João Duarte (JD): Que tipo de estudos sectoriais vai a associação fazer? E podemos esperá-los para quando?


Salvador da Cunha (SC): A APECOM fez durante muitos anos os inquéritos de opinião de Primavera e de Outono. Vamos retomar tanto para associados como para não associados. No fundo, sentir o pulso ao sector. O primeiro papel do secretário-geral vai ser pôr de pé os inquéritos sectoriais. O que os inquéritos nos vão dar é uma percepção se o mercado vai crescer ou decrescer, se há mais ou menos clientes. São dados que não são quantificáveis mas são dados qualitativos, porque nos vão dar a opinião dos directores-gerais das agências de comunicação. Mas mais do que classificar essa opinião, nós vamos fazer verdadeiros estudos de benchmark. E estes estudos têm um potencial brutal de recolha de informação que vai permitir às associadas gerirem melhor os seus negócios. O que o benchmark vai dizer é: “Atenção, o que o mercado está a fazer em termos médios é isto. Temos aqui os fees médios, os ordenados médios, os ordenados dos gestores, dos directores de comunicação, dos account managers.”

JD: Servirão como indicações, como faróis do mercado, portanto.

SC: Servirão como benchmarks do mercado que são essenciais e que não temos neste momento. Mais. Isto é muito importante do ponto de vista internacional para afirmar este sector português fora de Portugal. Actualmente não há dados nenhuns que possamos dar internacionalmente e a APECOM tem como obrigação dar dados à ICCO, que sejam relevantes.

JD: Quando sairá o primeiro?

SC: Neste momento, o que vamos tentar fazer é contratar uma empresa de auditoria para fazer os estudos de benchmark com as nossas orientações, porque a sensibilidade dos dados das empresas obriga-nos a recorrer a uma entidade externa e credível. Tem de haver um auditor de renome a fazer este trabalho porque de outra forma os associados não vão dar dados. Isso tem sido a nossa grande luta. Os associados, à excepção de dois ou três que enviam os dados todos os anos, não dão dados à Associação porque sentem que estão a dar dados à concorrência. Temos de transpor isso para uma entidade independente. Estamos neste momento a seleccionar de, entre três candidatas, aquela que vai ficar com esse trabalho.

João Duarte: O primeiro estudo será ainda este ano?

SC: O primeiro estudo tem de ser este ano. Tenho de pôr a minha cabeça no cepo em relação a isso.

João Duarte: Outras acções de que falaste foram mais informação no site, calculo que também seja relacionado com estes estudos, actividades de formação, workshops.


SC: Tem de ser. Actividades de formação para clientes, não tanto para a indústria. Pois uma das coisas que a anterior direcção fez foi um programa vastíssimo de formação com a opinião de todos os associados, mas que depois não teve repercussões, apesar dos associados nos inquéritos que foram feitos terem dito que queriam aquelas acções de formação. Mas depois não apareceram, não aderiram. A nossa ideia neste momento é lançar a formação para directores de comunicação das empresas, para CEO’s, no fundo para quem aparece como cara das empresas para fora.

João Duarte: Quem serão os formadores dessas acções?

SC: Procuraremos encontrar formadores dentro do núcleo de associados. Temos muito bons formadores e vamos tentar encontrar também nas escolas, fazendo protocolos com as escolas que têm cursos de comunicação, como o INP, o ISCEM, a ESCS. Essa é a nossa ideia. Temos agora a chegada do Secretário-geral para dar o pontapé de saída nestas coisas todas mas é uma das áreas em que gostaria de apostar este ano.

O que o consultor Salvador da Cunha propõe para promover a APECOM

A APECOM vai convidar associados e não associados para um brainstorm global sobre o que fazer pelo sector. Ouvir o podcast aqui.

“Uma empresa que surgiu ontem não pode ter o crivo da APECOM”


João Duarte (JD): Em relação à nova direcção da APECOM e ao programa, quais são os objectivos? Sei que já falaste publicamente do tema mas para enquadrar gostava de reformulá-los.

Salvador da Cunha (SC): Há três ou quatro objectivos centrais que a Associação tem de prosseguir. A dignificação deste sector é absolutamente essencial. Vamos tentar contribuir para que a dignificação seja uma realidade. E a dignificação não está no umbigo das empresas que trabalham neste sector, está em todos os clientes que nos utilizam, e que utilizam as Relações Públicas. Por outro lado, temos de promover o sector, a utilização da comunicação das Relações Públicas como instrumento de marketing e também objectivamente dar representatividade à Associação. De facto, a Associação tem perdido representatividade, não que tenha perdido associados. Está até com mais associados, tem 24 e nunca teve tantos. Mas é pouco, porque o mercado cresceu muito. E neste ponto de vista a Associação esteve muito reactiva e muito pouco pró-activa. Temos de mudar o paradigma.

JD: Surpreende-me um bocado que o anterior Presidente da Associação, o Alexandre Cordeiro, tenha dito que procurar proactivamente associados não é uma missão de quem está à frente de uma Associação.

SC:
Foi essa a postura do Alexandre. Não vai ser essa a minha postura. Gosto muito do Alexandre, admiro-o muito. Ele fez por este sector mais do que muitas outras pessoas fizeram. Mas, de facto, essa não vai ser a minha postura. Acho que Associação tem que ser representativa. Há aqui duas correntes de opinião muito distintas, uma que defende claramente a representatividade e outra que defende que na Associação só devem estar as, eventualmente, melhores e maiores empresas. Não defendo isso. Acho que não é um espaço de vaidade, é um espaço para promover o sector.

JD: Mas as condições de entrada condicionam isso. Três anos de existência…

SC: Os três anos de existência é para quem parte do zero. Porque imagina que o João Duarte, neste momento, sai da YoungNetwork e funda uma nova agência de comunicação. Nesse caso pode imediatamente entrar na APECOM, como aconteceu por exemplo com a Frontpage que entrou directo pela experiência que os órgãos de gestão da empresa tinham. Desse ponto de vista as regras são relativamente flexíveis para pessoas que tenham experiência demonstrada. Claramente não podem entrar todas as empresas que de repente surjam no mercado e queiram aderir à APECOM, porque há um conjunto de regras de percepção de qualidade que é preciso salvaguardar. Enfim, nós estamos numa economia liberal, eu sou muito liberal nestas questões. Acho que é um espaço para discussão e que podemos estar abertos a essa discussão. Contudo, não vejo que uma empresa que tenha surgido ontem com meia dúzia de pessoas que não têm experiência nesta área, possa automaticamente ter o crivo da APECOM.

João Duarte: Estavas no segundo objectivo, quando te interrompi.

SC: O terceiro objectivo é dinamizar as actividades da própria associação, ou seja, promover também a Associação. Promover o sector mas através de uma Associação mais dinâmica do que tem sido até agora. E isso tem sido o nosso cavalo de batalha, porque há uma percepção de pouco dinamismo – que não deixa de ser verdadeira no passado – mas não há um dinamismo nulo. Isto é, a Associação executa um conjunto de serviços, forneceu durante estes últimos anos um conjunto de serviços às associadas, que no conjunto valem mais que a quota que os associados pagam. Nos últimos anos, do ponto de vista económico, ser associado da APECOM era um benefício, pois os descontos que a APECOM dava com os suplementos e, mesmo a parte de induzir o trabalho editorial dos suplementos que foram feitos, foram muito importantes. Nessa perspectiva, os associados nunca pagaram mais do que o serviço que tiveram. Mas é claro que os associados merecem que a Associação faça muito mais do que tem feito.

JD: Salvador, mas tu fizeste parte das anteriores direcções, acho que esse é um handicap teu porque a associação não foi tão dinâmica como deveria ter sido, e tu fazias parte dos órgãos sociais.

SC: É verdade. Mas não querendo resgatar a minha responsabilidade, a Direcção é muito o Presidente, é ele que faz andar a Associação. Obviamente que um Vice-Presidente, um Secretário, tem o seu papel na forma como aconselha o Presidente mas não são motores, não têm sido motores. A minha opinião sempre foi a de ter secretário-geral.

APECOM vai ter secretário-geral até ao final do mês

A APECOM já contratou o secretário-geral, que estará na associação em part-time, para ser o braço operacional da direcção. O novo quadro entrará no próximo dia 31 de Março. “É uma pessoa com muita experiência na área da comunicação, não especificamente na área das Relações Públicas, mas na área global da comunicação”. O enfoque do secretário-geral será fundamentalmente dinamizar, operacionalizar tudo o que a Direcção definir como orientações estratégicas.

“Sector das Relações Públicas tem muito espaço para crescer”

Desafio aceite, entrevista feita na data combinada – 12 de Março, ontem – e publicação agora no blog do fundo da Comunicação. Salvador da Cunha, novo presidente da APECOM - Associação Portuguesa das Empresas de Conselho em Comunicação e Relações Públicas, explica em discurso directo o estado do sector, os objectivos da associação e as acções em marcha para a revitalizar.

João Duarte (JD): Qual o estado da comunicação em Portugal?

Salvador da Cunha (SC): O estado da comunicação em Portugal é muito melhor hoje do que era há cinco, seis anos atrás. Houve uma evolução, diria dramática, na forma como as empresas olham hoje para a Comunicação e Relações Públicas. Claramente ganhámos peso em relação a outras formas de comunicação, nomeadamente em relação à publicidade. Portanto, tenho ideia de que o sector está muito melhor e muito mais pujante do que já esteve alguma vez, não só no crescimento que as empresas portuguesas têm tido - as tradicionais - como também no número de novas empresas que têm entrado para o mercado, e que tem sido galopante. O mercado está muito bom. De resto, saiu hoje um estudo no Reino Unido que diz que é para continuar. Cerca de 82% das empresas que foram contactadas para este estudo afirmaram que vão manter ou aumentar o budget de Relações Públicas em 2008.

JD: E porquê? Porque partimos muito baixo?

SC: Não. Acho que já não estamos assim tão baixo quanto isso. O mercado já não é de base muito baixa. Acho que o mercado tem uma base já significativamente alta comparada com as mesmas bases em mercados evoluídos como Espanha, Inglaterra, Bélgica. Agora, temos ainda espaço para crescer. Temos muito espaço para crescer. Ainda estamos com percentagens reduzidas dos budgets de marketing das empresas.

JD: Isso contraria uma das tuas afirmações. Numa das entrevistas disseste que o mercado já estava maduro. Estas taxas de crescimento contrariam essa maturidade…

SC: Disse que estava maduro do ponto de vista do knowledge que nós temos em Portugal. Em Portugal, temos um knowledge muito bom comparado com outros países. Não ficamos a dever nada em termos de know-how de comunicação, a país europeu nenhum. Em termos de crescimento, ainda temos muito para crescer e toda a Europa também. Não tenho dados concretos mas tenho a percepção de que nos Estados Unidos a componente de comunicação ainda é muito superior à da Europa.

JD: Sim, tenho a mesma percepção.

SC: E, portanto, a maturidade tem mais a ver com a maturidade de knowledge e não com maturidade de crescimento.

JD: Quando falas em knowledge, estás a referi-te a knowledge mais tradicional, não? Há o advento de muitas ferramentas novas da Web 2.0 que de alguma forma vão ser integradas nas Relações Públicas, na Publicidade, na Comunicação em geral. Para onde é que caminhamos? Como será o consultor do futuro?


SC: O consultor do futuro é o consultor que se preocupa com todos os canais de divulgação. E, claramente, com os canais de divulgação Web. É evidente que é uma área que estamos todos a aprender no mundo inteiro. Não é uma questão em que Portugal está isolado, toda a gente está a aprender nessa área. Têm sido feitas coisas absolutamente fantásticas.

JD: Mas em Portugal ainda se faz pouco…

SC: Faz-se pouco. Como tudo o que é comunicação digital…ainda se faz pouco. A comunicação digital dentro da comunicação tem um espaço para crescer bastante maior, até porque todos os canais de divulgação estão a crescer.

JD: Públicos mais difusos... temos de utilizar mais ferramentas para chegarmos aos mesmos públicos de antigamente?

SC: Sim. Há uma parte tecnológica que nos ajuda muito aí. Pesquisar na Web é bastante mais fácil que pesquisar fora dela, por exemplo.

Com vista para o Tejo


Chego um bocado antes da hora combinada, já lá está o fotógrafo. Falo com o Sérgio e acerto os últimos detalhes dos planos que quero. Peço-lhe que seja rápido, dez, 15 minutos, não mais. Não quero incomodar os outros clientes do restaurante. Já me sinto em casa no Faz Figura, e por isso, lembro-me que me esqueci de falar com o Nuno para lhe perguntar se posso tirar lá as fotos. Vou até à sua mesa ver se não há problema, e o Nuno anui com simpatia. Retomo a conversa com o fotógrafo. Onde é que íamos…ok, já sei. Quero planos ao baixo, funciona melhor para o que quero, e preciso de fotos dos dois – Salvador e eu – sentados frente a frente, e também individuais de cada um. E precisamos de dinâmica, fotos com “movimentos” de braços e expressivas.

Antes do Salvador chegar, tempo ainda para testar a nova máquina áudio que estreamos hoje. Um profissional Edirol R-09. Testo para verificar se o ruído de fundo não impedirá a utilização do som em podcast no blog, como já antes, de manhã, tinha experimentado, com o André, vários “sets” low e high, off e on, deste R-09.

O Salvador junta-se a nós. Trocamos algumas palavras, dirigimo-nos para a mesa e convido-o a ficar no lugar virado para a melhor vista sobre o Tejo – concedo sempre este privilégio ao meu convidado. Já o restaurante tinha sido escolha minha. O Faz Figura é cliente da YoungNetwork e mudei para lá muitos dos meus almoços de trabalho.

Já sentados combinamos fazer a entrevista após o almoço, já depois da garoupa grelhada do Salvador e do meu arroz de garoupa com línguas de bacalhau. A acompanhar água para os dois, e o reforço habitual de Cola Zero para mim. Ao almoço falámos de YoungNetwork, Lift e outros temas de mercado.

Big Brother na bola

Há pouco tempo falei de como o Barcelona está a ser criativo na obtenção de mais receitas em “merchandising”.
Hoje, avanço uma ideia de clubes brasileiros, inspirada nas mega audiências de programas de “voyeurismo”. O BBB (Big Brother Brasil) já vai na 8ª edição.
Os clubes, através da Internet, criaram canais próprios de televisão. Por exemplo, a TV Timão (nome popular do Corinthians) no primeiro dia teve 1,1 milhões de acessos e espera alcançar 30 mil assinantes fixos nos próximos meses.
No Rio, a Fla TV (do Flamengo), obteve 1,2 milhões de visitas e esperam 500 mil assinantes até ao final do ano.
Em Minas Gerais, a TV Galo (do Atlético Mineiro) e a Grémio TV (no Rio Grande do Sul) também pretendem o mesmo: mais receitas.
Em todos os casos, 10% serão para distribuir entre jogadores e staff técnico.
Agora, falta revelar quais os serviços em que apostam: interiores dos quartos, as superstições de cada jogador, as viagens entre os estádios, os banhos de imersão depois do treino, conversas despudoradas durante o estágio enquanto se joga bilhar, imagens dos técnicos na discussão da construção da equipa.
Claro que deste espectáculo todas as torcidas gostam. Será sucesso absoluto. E não é de espantar que por cá, até a televisão vimanarense seria um espectáculo com o “Special One” Cajuda e a TV Pasteis de Belém fenomenal para analisar o trabalho técnico-táctico de Jorge Jesus.
Mas os nossos clubes dormem na modernidade. Se calhar, preferem o Second Life que já morreu há um ano.