domingo, 20 de abril de 2008

70% da remuneração da Guess What? PR será flexível

Cerca de 70% da remuneração da nova consultora será variável. Pelo menos, a fazer fé nas palavras de Renato Póvoas, managing partner da Guess What? PR, num post de Outubro de 2007: ..."Assumo mesmo que 70% do total da remuneração (das agências) deveria ser flexível, de acordo com os resultados da agência provocados no cliente. Numa primeira análise o que poderá parecer uma ameaça à subsistência e viabilidade económica das agências transforma-se rapidamente numa oportunidade de estas afirmarem e comprovarem o impacto e o valor que o seu trabalho e as RP provocam no negócio dos seus clientes". Ver post completo aqui.

Se repararem, o primeiro comentário a esse post é meu. E escrevi na altura o seguinte:

"Viva, algumas notas sobre o texto:

- o sector não está estagnado;
- não acho que a associação tenha que fazer nada a este respeito, o mercado é que deve funcionar;
- Se vê como oportunidade deverá implementar o modelo que propõe (isto é o mercado a funcionar; se estiver certo ganhará muitos clientes rapidamente).

abr."

Parece que o Renato levou o desafio a sério e vai revolucionar o modo de remuneração no mercado.

Boa sorte! Estarei atento ao desenrolar dos acontecimentos.

Jorge e Renato estreiam Guess What? PR

Vai estrear no mercado uma nova consultora. Baptizada de Guess What? PR, a empresa é o novo projecto de Jorge Azevedo e Renato Póvoas, apurou o do fundo da Comunicação. Os dois profissionais de comunicação especializados em saúde irão apresentar a Guess What? PR no início do próximo mês.

Os dois dissidentes da Mediahealth lançaram também um blog intitulado Diálogos de Comunicação, que poderá substituir o Relações Públicas Sem Croquete, da autoria do Renato, e o Serviço de Urgência, do Jorge.

Novo acordo ortográfico (II)

Do acordo ressalta uma única alteração que me parece infeliz. A queda do acento em certas palavras graves originará alguma confusão, pela homografia das palavras. O texto do acordo defende-se que devemos pronunciar essas palavras consoante o contexto.

Registe-se o exemplo do que estou a dizer: "O homem pára em frente ao sinal" passará a escrever-se "o homem para em frente ao sinal". Mas na fonética não há qualquer alteração. O acento deve continuar a pronunciar-se.

Novo acordo ortográfico (I)

Li hoje o livro Atual - O novo acordo ortográfico. Um livrinho de 30 e poucas páginas que esclarece no essencial que as alterações que permitem a unificação do português são muito poucas.

O acordo traz para a linha da frente o critério fonético em detrimento do etimológico. Assim, as consoantes mudas apagarem-se do vocabulário é umas das principais evoluções. O novo acordo traz também o desaparecimento de alguns acentos gráficos, uma regra mais clara na utilização do hífen e o nosso vocabulário ganha três letras - k, y e w.

O acordo não consegue a unificação a 100%, ficando algumas palavras com dupla grafia, consoante a norma seja lusoafricana ou brasileira, já que os 100 anos de divergência cavaram algumas diferenças inultrapassáveis.

Ótima ação

O corrector do Word sublinha estas duas palavras a vermelho, mas elas estarão correctas dentro de pouco tempo. As consoantes que não dizemos apagar-se-ão na grafia das nossas palavras, segundo o novo acordo ortográfico, redigido há 17 anos.

Esta é uma das alterações. Desde 1911, quando ocorreu a primeira grande reforma ortográfica no nosso país, que esperamos uma unificação entre as várias formas que o português tomou com o passar dos anos. No início do século passado fez-se a reforma à margem do Brasil, e não tendo havido entendimento posterior, a grafia dos dois países divergiu.

Não gostamos de mudança. Não gostamos porque no imediato provoca-nos sempre desconforto. Dá trabalho habituarmo-nos a novos paradigmas. Mesmo que rapidamente fiquemos numa situação melhor que a anterior, o período de adaptação é incómodo. Por esta razão, na hora da mudança, como agora acontece com o novo acordo ortográfico, invocam-se muitos argumentos para deixar tudo como está.

A pertinência do acordo, segundo o livro “atual - O novo acordo ortográfico”, de João Malaca Casteleiro e Pedro Dinis Correia, deve-se a razões históricas, de lusofonia e pedagógicas. O acordo, por ratificar e que afecta apenas a grafia da escrita, fecha 100 anos de divergência e é essencial para unificar a ortografia de oito países e de dezenas de organizações internacionais, facilitando também a aprendizagem da própria língua portuguesa.

Ao todo existem no mundo mais de 200 milhões de pessoas a falar português, e devia ser hoje claro para todos que não ratificar o acordo – Brasil, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe já deram o ok – seria um suicídio para o português de Portugal. Que peso teriam os nossos dez milhões contra os 160 milhões do país irmão? Participando garantimos algum voto na matéria.