sexta-feira, 13 de março de 2009

Preocupado com o que os outros pensam

Se existe audiência, então as marcas têm reputação (positiva, negativa ou neutra). Não é uma escolha das marcas, sejam elas pessoas, empresas ou produtos, terem ou não reputação. É uma característica intrínseca à própria marca.

Gerir a reputação de uma marca tem tudo a ver com a audiência, com as pessoas, eleitores ou consumidores que queremos impactar.

A reputação de um marca existe na mente dos receptores na forma como eles a percebem, pensam e sentem. Para os profissionais do nosso sector é crítico ter sempre presente que a reputação das suas marcas não é o que eles ou os clientes pensam que elas são, mas sim o que os outros pensam que elas são.

1 comentário:

cjt disse...

é realmente importante tentar eliminar o fosso existente entre a ideologia dos executivos das organizações e a percepção dos consumidores. e isso aplica-se, não só à marca, como à organização que a produz ou comercializa.
existe um estudo a esse propósito, feito pela mckinsey, que considero algo esclarecedor e que trata da percepção do consumidor vs. a ideia dos executivos em relação à responsabilidade social: “The trust gap between consumers and corporations”, tradução a la minute aqui.
No original, ter atenção aos links que vão dar aos estudos anteriores e paralelos.
bottom line: Sessenta por cento dos executivos afirmam que as grandes corporações dão geralmente um contributo positivo para o bem público. No entanto, apenas 48 por cento dos consumidores estão de acordo com essa ideia.
«O preço da má gestão dos assuntos sociais pode ser elevado. Consumidores de toda a parte estão preparados para agir em resposta a comportamentos corporativos que considerem ser contra o interesse da sociedade. Metade dos consumidores americanos, por exemplo, dizem ter recusado comprar produtos por esse motivo, e quatro em cada dez recomendaram a mesma atitude a outros. Os consumidores demonstram uma vontade particularmente forte de modificar as suas decisões de compra relativas à oferta de alimentação e bebidas, retalho e indústrias de serviços financeiros.»

«Os líderes dos negócios, na sua grande maioria, apesar de reconhecerem a necessidade de compromisso para com o público na questão dos assuntos sociais, parecem em dificuldades para o concretizar com sucesso. A prioridade de topo é fechar este fosso de confiança. Este passo orientará o esforço dos executivos para a construção de um entendimento aprofundado das atitudes sociais, mediante o desenvolvimento de formas de rastreamento e interpretação da opinião pública e da perscrutação do horizonte em busca de mais preocupações.
Os executivos devem ainda idealizar um mapa de iniciativas e acções destinadas aos problemas chave da sociedade.»