segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Sentados à espera (I)

Surgem nem se sabe de onde, ou fazem-nos pensar que não sabemos de onde. Há teorias que são vendidas, assimiladas e turvam as percepções. A última grande invenção do mercado da comunicação foi a consolidação do sector. Sem interesse.

Ora querem consolidação? Seguem os meus inputs. Lamento se os desiludo.

Nas últimas semanas geraram-se algumas conversas sobre consolidação no sector. Players, jornalistas e bloggers alimentaram o tema, trocaram impressões e confidências, concluindo que teremos fusões à vista. Olharam para a árvore, esqueceram-se da floresta. A operação Lift/Imago e algum spinning induziu-os em erro. O actual tabuleiro do sector não dá para grandes fusões nem grandes aquisições, e é por aí que cai este novo mito sectorial.

Peguemos nas dez maiores agências de comunicação. Começamos pela única fusão em vista. Enquanto a Lift digere a Imago, não é provável que se meta noutra. Menos duas. Depois temos as internacionais. Hill & Knowlton, Weber e Porter Novelli têm estrutura de capital sólida e seria preciso o negócio estar a correr muito mal para se fundirem ou venderem a sua participação. Já quanto a aquisições, no actual momento, não vejo que estas empresas, já com presença no mercado que lhes garante a capilaridade da rede internacional, olhem para o nosso mercado. Menos três. Um raciocínio parecido temos face à Parceiros de Comunicação, integrada numa agência de publicidade. Menos uma. Restam-nos quatro.

Das quatro, a Cunha Vaz & Associados teve cisões e desinvestimentos (BAN e Midland) recentemente, pelo que não são prováveis associações para já. O Grupo GCI tem um posicionamento muito diferente, pelo que o futuro passará eventualmente mais pelo aprofundamento das suas ligações internacionais, do que por operações com empresas de cá. Sobra a YoungNetwork e a LPM.

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