segunda-feira, 7 de julho de 2008

As gravatas

Há duas semanas foi o PP espanhol, agora o PSOE, a reunirem-se em Congresso. Um, mais turbulento e com fortes divisões que foram aparadas para a foto final, no outro, a tranquilidade de quem tem poder.
Em comum: a ausência de gravatas. Rajoy, não usando a sua clássica gravata vermelha da sorte, prefere não usar nenhuma. Zapatero, tal como Manuel Chaves e José Blanco (na primeira linha do congresso como demonstraram diversas fotos em jornais espanhóis) estavam desportivos e sem pano à frente do peito.
Por cá, primam esses elementos decorativos nas “toilettes” masculinas, sobretudo na política, como se isso fosse garantia de credibilidade, rigor e seriedade.
A nossa sociedade ainda vive destas misérias, Espanha, há muito uma potência, segue em frente, a trabalhar. E a comunicação política espanhola aconselha a aproximar e dessacralizar a actividade política.
Ao fim e ao cabo, os políticos são homens normais, como os que votam neles. Espanha já percebeu. Portugal “obriga” os seus políticos a morrer de calor.

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