terça-feira, 23 de setembro de 2008

Ainda mais Única

Porque somos sempre tendenciosos nas primeiras impressões, lutei contra a minha impulsividade. Desta forma só agora, após lançamento da segunda edição da renovada Revista Única, seguem alguns comentários:

Em primeiro lugar é de louvar a iniciativa.

Num contexto favorável ao Expresso – que segundo os últimos dados da APCT, mantém a liderança de mais do dobro de circulação paga face ao seu concorrente mais directo, SOL – este semanário resolve arriscar e mudar.

A Revista está diferente, diferente do seu passado mais longínquo e do seu passado mais recente em que se encontrava tão ‘à Tabu’.

Está mais densa, mais interessante e menos social. Está definitivamente diferente, foge das normas e do habitual. Está académica qb mas sem cair em arrogância e em despropósitos. Está menos ‘leve’ mas lê-se bem – factor fundamental para grande % dos leitores de fim-de-semana. Não cai no facilitismo (neste caso, não volta à fórmula que adoptou aquando do lançamento da Tabu) mas mantém-se comercial.

Tudo indica que a máxima: “Em equipa/ fórmula vencedora não se mexe” não entra no Expresso. Mas entra o mea culpa, que apesar de não assumido se vislumbra neste regresso às origens da Revista Única, diga-se o que se disser.

É bastante mais arriscada esta nova fórmula da revista. Apresentada em edições mais temáticas, vamos ver se se consegue renovar em todas as edições não se tornando mais do mesmo.

Mafalda Anjos, editora da revista, numa das entrevistas que deu sobre esta nova Única, resume, de forma elucidativa, o que pretende com esta aposta: “Eu adorava que o leitor do Expresso, quando estivesse a beber o café no Sábado de manhã, aquilo não lhe soubesse tão bem se não tivesse a revista debaixo do braço.”

E Mafalda, missão cumprida comigo! A torrada com a meia de leite foi (bem) acompanhada pela Única nestes dois últimos fins-de-semana. Vamos esperar pelos próximos.

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